APHORT não integra a Direção da ATP
Caras e Caros Associados,
A APHORT não integra a Direção da ATP – Associação de Turismo do Porto, a agência de promoção turística externa, da região Norte, eleita esta semana.
A decisão foi tomada na primavera quando o Presidente da ATP e da Câmara do Porto, Rui Moreira, nos comunicou os seus projetos para o futuro da organização.
Trazer a pequena política e as visões individuais para o comando da promoção turística, com uma visão centralizadora, em que o poder político do Porto olha para a região como a capital olha para o país, é um caminho que não queremos seguir, porque não serve os interesses dos Associados nem os da região.
Registamos também que, pela primeira vez na história da ATP, a Classe Hotelaria, que reúne os hotéis, individualmente associados da ATP, também não faz parte da atual Direção.
Há três notas que gostaria de transmitir e que podem ajudar a compreender melhor a nossa decisão.
Porquê a pressa?
As eleições realizaram-se a 6 de Setembro, cerca de 20 dias antes das eleições autárquicas. Da lista fazem parte três autarcas em exercício. E se não forem eleitos a 1 de Outubro?
Aliás, parece-nos que é um certo afrontamento aos outros candidatos autárquicos, em cada município. O passado já nos mostrou, em situações como esta, qual é o impacto, negativo e paralisante, na vida da ATP, da mudança na Presidência e Vereação dos Municípios que integram os órgãos sociais.
A promoção turística deve estar longe do combate político eleitoral. Por isso, a APHORT sugeriu que as eleições só se realizassem em Janeiro de 2018, com a aprovação da Assembleia Geral.
O «Porto centrismo» é uma imitação do centralismo
Em Julho, o Município do Porto apresentou uma proposta de revisão dos estatutos da ATP consagrando, para si, um direito especial de presidir à organização e deixou claro que o seu apoio à atividade da ATP só continuaria se a sua proposta fosse aprovada. A isto se chama «Porto centrismo». A APHORT considera que tal não se justifica e que a Câmara do Porto deve liderar a ATP pela sua visão e liderança agregadora da região, com o apoio dos Associados, e não por uma mera bengala jurídica. A Câmara do Porto já deu grandes Presidentes à ATP que não precisaram de cláusulas dessas para serem eleitos e bem aceites pelos Associados.
A APHORT não pode aceitar esta visão centralizadora, em que o Porto olha para a região como a capital olha para o país e que afasta, cada vez mais, os municípios da região da ATP.
Por isso, a APHORT apresentou uma proposta alternativa, assente na transparência, sem expedientes, capaz de resolver os constrangimentos atuais e de criar condições para um melhor funcionamento da ATP. Numa votação de braço no ar a proposta da Câmara do Porto obteve apenas mais um voto do que era necessário para ser aprovada e inviabilizar a proposta apresentada pela APHORT.
Uma humilhação desnecessária à Entidade Regional de Turismo
A APHORT tem uma proposta para a normalização das relações entre a ATP e a Entidade Regional de Turismo (ERT), bem diferente da que está a ser seguida e que levou a incluir o Presidente da ERT como candidato a Presidente da Mesa da Assembleia Geral, indicado por uma empresa privada e não pela Entidade Regional de Turismo (ERT), que não reúne as condições legais para ser eleita. Não é por direito próprio é por direito emprestado que o lugar de Presidente da Assembleia Geral da ATP vai ser exercido.
Uma humilhação desnecessária à ERT, uma menorização inaceitável para a ATP.
Por isso, a APHORT apresentou uma proposta simples em 4 passos:
1º – Contas à Moda do Porto – todos os problemas no relacionamento financeiro entre a ERT e a ATP devem ser resolvidos de forma clara;
2º – Verdade na relação – A ERT deve pedir a sua readmissão como membro da ATP para poder participar de pleno direito na vida desta;
3º – Comprometimento – durante um ano, tempo exigido pelos estatutos para poder ser eleito, a ERT demonstrará o seu grau de comprometimento e de empenhamento na ATP;
4º – Envolvimento – Ao fim de um ano e por direito próprio e não emprestado, a ERT integraria os órgãos sociais da ATP;
Uma proposta que honra as duas partes, transparente, que cria bases para um relacionamento sólido e duradouro.
Concluindo
Da nossa passagem pela Direcção da ATP, nos dois últimos mandatos, podemos salientar o empenho e o compromisso.
Empenho e compromisso que nos levaram, com outros membros da Direcção, a assegurar o normal funcionamento da ATP quando o anterior Presidente renunciou ao cargo na sequência do termo do seu mandato autárquico, aquando das eleições autárquicas de 2013.
Empenho e compromisso que nos levaram, com outros membros da Direcção, a assegurar o normal funcionamento da ATP quando o atual Presidente deixou, há alguns meses, de comparecer às reuniões de Direcção.
Empenho e compromisso com que estaremos sempre disponíveis para colaborar no que for do melhor interesse dos Associados.
Com os meus melhores cumprimentos
Rodrigo Pinto Barros
Presidente