APHORT pede manutenção de voos para EUA, Brasil e Europa
O transporte aéreo tem estado no topo das nossas prioridades, enquanto Associação.
Para o retomar da atividade do nosso setor é fundamental que estejam criadas as condições de acesso ao nosso país – não só as sanitárias como as operacionais.
E é nesse sentido que a APHORT tem reunido, ao longo últimas semanas, com a ANA e com a TAP, construindo assim um quadro bastante completo da situação atual, e a curto prazo, do transporte aéreo.
Na sequência dessas reuniões fomos desafiados a apresentar uma proposta à TAP sobre o que consideramos serem os “serviços mínimos” que a companhia aérea deverá ser capaz de assegurar, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro (AFSC), a curto prazo.
Na nossa proposta tivemos em consideração o seguinte:
- As informações que temos sobre a situação das operações das diferentes Companhias no AFSC e as previsões para Julho e para Agosto;
- Os sinais que vamos recebendo dos mercados;
- Estarmos convencidos de que a TAP é uma empresa que, pelas suas características, tem uma missão e uma estratégia nacional e que a quer desenvolver em cooperação com outros agentes económicos regionais e locais;
- Julgarmos que, para além disso, a TAP tem interesse na operação do AFSC.
Assim, a proposta que apresentamos, relativamente à operação no AFSC, foi a seguinte:
- Longo curso – Entendemos que a TAP deve estar em estado de prontidão para que, assim que as autoridades nacionais o permitam, começar a operar, o mais rapidamente possível, as rotas para os Estados Unidos da América e para o Brasil e deve anunciá-lo desde já;
- Europa – Entendemos que a missão prioritária da TAP é, nesta altura, assegurar a ligação da região aos principais hubs europeus: Amsterdam, Frankfurt (aqui em ligação com a Lufthansa), Londres, Madrid e Paris, garantindo assim:
- Fluxos diretos de turistas dessas cidades para a Região;
- As ligações que esses hubs permitem abrir, com outros destinos e outras companhias;
- A reabertura destas ligações deve ser anunciada de imediato para que os mercados possam reagir, e operacionalizadas logo de seguida.
Esta é a resposta mínima que a APHORT espera para a região Norte, na situação atual, e que a TAP, enquanto empresa nacional, deverá ter o dever estratégico de assegurar.
Não queremos rotas a granel nem rotas só para fazer número, mas sim ligações que sejam relevantes para o destino.
Sabemos, através dos contactos que temos com outras Companhias que, no que diz respeito ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, existe vontade por parte de várias companhias aéreas internacionais de retomar (e até de criar) ligações para o Porto, o que configura um sinal positivo para a região Norte.
Neste sentido, aquilo que esperamos é que uma vontade idêntica seja também manifestada pela TAP.
Rodrigo Pinto Barros
Presidente da APHORT