Sobre a APHORT

No ano de 1906 a associação alterou a sua denominação e âmbito, passando a ser Associação Comercial dos Revendedores de Viveres por Meudo do Porto, cuja bandeira adquirida em 31 de Janeiro desse ano, pelo preço de 9$5 reis, está exposta na nossa sede.

Em 1939 esta associação foi transformada no Grémio das Casas de Pasto e de Vinhos e no Grémio das Confeitarias.

Paralelamente, data de 1911, a referência mais antiga à Associação Portuguesa de Hotéis, Restaurantes e estabelecimentos congéneres. A bandeira da Associação no Porto está também exposta na nossa sede.

Em 1939, no âmbito da criação da organização corporativa, foi desmantelada, sendo a Norte, criados o Grémio dos Hotéis do Norte, o Grémio das Pensões do Norte e o Grémio dos Restaurantes e Cafés do Norte que, juntamente com os referidos Grémio das Casas de Pasto e de Vinhos e Grémio das Confeitarias constituiram a União dos Grémios da indústria Hoteleira e Similares do Norte, cujo Alvará emanado da então Presidência do Conselho de Ministros, data de 19 de Abril de 1941 e custou aos fundadores 541$00.

A União abrangia os distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Entretanto igual modelo de organização foi criado para o centro Sul do País, com sede em Lisboa.

Recordando os anos 40 podemos referir que a União teve o encargo de colaborar com a Intendência Geral dos Abastecimentos no preenchimento e distribuição das senhas de racionamento pelos estabelecimentos filiados nos seus Grémios. Isto aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial e nos anos subsequentes ao termo daquele conflito.

Na década de cinquenta a Unihsnor Portugal participou no inicio da construção do edifício legislativo da então designada Indústria Hoteleira, com a publicação em 1954 da primeira Lei para os estabelecimentos hoteleiros e similares e em 1962 do primeiro regulamento para os mesmos estabelecimentos. Esta colaboração com o Governo manteve-se ao longo dos anos e a Unihsnor Portugal foi parceiro activo na elaboração de todo o actual edifício legislativo do turismo.

Desde a sua fundação que a União foi uma entidade interessada na cooperação com as outras Associações. Foi assim que em 1957 participou no I Encontro de Dirigentes Associativos da Indústria Hoteleira e Similares, com a sua congénere do Sul.

Como tema desta década elegemos o dialogo social. A Unihsnor Portugal foi desde a sua fundação um parceiro social, pelo que uma das funções que sempre exerceu foi a de negociação dos Contratos Colectivos de Trabalho, com os Sindicatos que representam os trabalhadores do sector. Esta década marca um salto qualitativo nesta matéria, como o demonstra o facto de o próprio Ministro das Corporações ter presidido à cerimónia de assinatura dos Contratos Colectivos de Trabalho para os Hotéis e Pensões do Norte.

Este importante património de cultura de diálogo social permitiu-nos celebrar, ao longo dos anos, novos contratos colectivos de trabalho cada vez mais inovadores, sempre ao serviço do progresso económico e social das empresas e dos que nelas trabalham.

A estrutura manteve-se até 1976, ano em que, no quadro da nova legislação sobre associações patronais, a União e os cinco Grémios submeteram à aprovação do Ministério do Trabalho os seus estatutos. Foi assim que a União passou a designar-se UNIHSNOR – União das Associações da Hotelaria e Restauração do Norte de Portugal, uma União de Associações Patronais, do género definido no Decreto-Lei n.º 215-C/75, sendo composta pelas seguintes Associações, Associação dos Hotéis do Norte de Portugal, Associação das Pensões do Norte, Associação dos Restaurantes, Cafés e Similares do Norte de Portugal, Associação das Pastelarias, Casas de Chá e Similares do Norte de Portugal.

Nos anos setenta desencadeou-se uma espiral inflacionista que ninguém conseguia deter. Esta nova característica da Economia Portuguesa veio determinar uma verdadeira odisseia para os dirigentes da União, aos quais incumbia a complicada tarefa de tentar manter actualizadas as tabelas de preços do sector, através de negociações sempre muito difíceis e prolongadas com o Governo.

Os anos oitenta são marcados por duas grandes reformas legislativas, a nova “lei hoteleira” e a liberalização geral de preços. Estas reformas alteraram profundamente as condições de investimento no sector e o funcionamento do mercado.
No plano associativo salientamos a realização do I Congresso dos Hoteleiros do Norte de Portugal.

Gostaríamos de , nesta década, sublinhar a força da nossa intervenção associativa.
Ainda no campo das actividades desenvolvidas fomos fundadores das principais organizações regionais, como a ADETURN e o GINP, por exemplo, e em cuja actividade procuramos participar intensamente.

No plano nacional fomos fundadores da CTP – Confederação do Turismo Português e da Federação Nacional da Restauração e Cafés, a FERECA.

No plano internacional contribuímos para a adesão das associações portuguesas à HOTREC, a Confederação Europeia, admissão que foi oficializada aqui no Porto.

Mas porque uma Associação tem a sua razão de ser nos seus associados, iniciámos, em 1996 um processo de aproximação territorial aos nossos membros com a abertura de escritórios, e a subsequente instalação de Comissões Directivas , sendo o primeiro em Viana do Castelo, a que se seguiram Braga e Vila Real.

No ano de 2006 levámos a cabo uma profunda reforma interna. Expandimos o âmbito territorial para todo o território nacional, respondendo, assim, ao apelo dos nossos associados que desenvolvem a sua actividade em várias regiões do país, e não querem inscrever-se noutra Associação.
Mudámos então a denominação para Unihsnor Portugal – União das Empresas de Hotelaria, Restauração e Turismo de Portugal.

Alargamos o âmbito territorial e sectorial para responder, também, às aspirações de muitas empresas de turismo no espaço rural que, no desenvolvimento da sua actividade empresarial, manifestaram o interesse e a vontade de integrarem uma Associação de Empregadores até porque não existia nenhuma neste sector de turismo.

Seguimos um modelo de organização europeu, comum aos principais países de turismo, como a Espanha e a França, isto é, uma Associação para todo o sector, organizada em classes com autonomia.

Em 2008, e porque não somos mais uma União mas, de novo, uma Associação consolidamos a reforma com a mudança de denominação para APHORT – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE HOTELARIA, RESTAURAÇÃO E TURISMO.

Retomamos assim a história e a tradição da mais antiga associação portuguesa do género, a Associação Portuguesa de Hotéis, Restaurantes e Estabelecimentos Congéneres que o Estado Novo desmantelou e cuja bandeira da Associação, no Porto, guardamos.

Uma organização associativa, tal como as empresas de que emana tem de, periodicamente, se reorganizar, se modernizar, se adequar aos novos condicionalismos da economia, do mercado e do enquandramento jurídico das actividades que representa.