UE poderá proibir o uso de óxido nitroso na restauração
A HOTREC expressou a sua preocupação junto da Comissão Europeia sobre a possível classificação do óxido nitroso como uma substância reprodutiva tóxica na UE.
Este gás, usado em sifões, é uma ferramenta padrão amplamente usada na restauração há décadas. Utilizada de forma segura e profissional, é essencial para a inovação culinária e um importante contributo para a redução do desperdício alimentar, ao permitir transformar sobras em novos pratos criativos.
Se essa classificação for avante, poderá resultar na proibição da sua utilização até ao final do ano, o que terá um impacto significativo no setor da hotelaria e restauração.
O que está em jogo?
✅ Falta de alternativas: O óxido nitroso tem sido uma substância segura utilizada há décadas, e atualmente não existem alternativas viáveis no mercado para as suas aplicações culinárias.
✅ Aumento de custos: A proibição pode levar a uma subida de preços dos sifões e produtos relacionados, o que terá implicações diretas nas empresas do setor de hotelaria e restauração.
✅ Impacto na inovação gastronómica: Chefs e cozinheiros serão desincentivados a usar o produto, comprometendo a sustentabilidade e a inovação, pilares fundamentais da nossa gastronomia.
✅ Concorrência desleal: Mercados fora da UE poderão continuar a utilizar o óxido nitroso, criando desigualdades para os profissionais europeus.
Tendo em conta que esta possível proibição pode afetar, de forma significativa, as operações diárias e a criatividade culinária, estamos, através da HOTREC, a procurar garantir junto das instituições europeias uma isenção para aplicações culinárias profissionais. A nível nacional, a APHORT está já a acompanhar de perto esta situação, tendo já alertado algumas entidades oficiais como a Agência Portuguesa do Ambiente.
Assim que tivermos novidades sobre este assunto, partilharemos mais informações.